terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Eu lembrei de você

Entendo perfeitamente o apego e emoção por coisas, pessoas, objetos, cores, cheiros. Muitas pessoas não entendem e acham besteira um apego por coisas tão simples.

Mas as situações, os momentos não são tangíveis, o que os tangibiliza, então, passa a ter imenso valor emocional para nós, isso mesmo, valor. E o valor não tem dinheiro que pague.

Adoro ganhar presentes, mas eles nunca precisaram ser caros para me agradar, uma lembrança com a minha cara e escolhida com muito amor me deixa muito feliz, assim como cartas, bilhetes e cartões. Quem não gosta de um bilhetinho dizendo "eu te amo" ou "você é linda"?

Tenho muitas "tranqueiras", mas todas elas tem uma história, é por isso que meu quarto transborda de coisas, aparentemente sem utilidade, e o meu carro é cheio de pelúcia.

Tenho mania de dar "tranqueiras" e cartinhas para as pessoas. Talvez elas nem valorizem isso tudo tanto quanto eu, mas o prazer que sinto em mostrar para aquele alguém especial que eu estava andando por aí e me lembrei dele é imenso. Me sinto muito feliz em fazer as pessoas que amo se sentirem especiais.

E para mim não existe desculpa de falta de tempo ou dinheiro para agradar alguém, basta uma forcinha e só um pouquinho de criatividade.

A verdade é que a felicidade está em coisas tão simples... Por isso, vamos demonstrar amor com pequena atitudes e até objetos que mostrem: eu lembrei de você.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Dezembro, venha


É muito bom acordar e ver o sol típico de dezembro na janela, aquele ventinho fresco e aquele calor natalino.
Amanhã já é dezembro. Sim, é mês do meu aniversário, é Natal, é o último mês do ano.
Acho dezembro um mês mágico. Dezembro entra cheio de emoções, cheiros e sabores. É o mês mais carregado de sensações de todos os doze. Além de vir carregado do sentimento de dever cumprido do ano que termina.
Converse com qualquer pessoa e pergunte o que é dezembro para ela, você ouvirá respostas como família, rabanada, frutos do mar, carnes, praia, presentes, sol, Papai Noel. E é aí que percebemos que este não é um mês como outro qualquer.
Bem, quem me conhece sabe que eu nunca gostei muito do Natal, mas este ano isso mudou, afinal, eu estou viva, minha gente. Este Natal será lindo, a passagem de ano será perfeita, e o meu aniversário então...
Dezembro e contagem regressiva caminham juntos. No dia 1 de dezembro penso que faltam 14 dias para meu aniversário, 25 para o Natal e 31 para o próximo ano. Ahhh também tem as festas de confraternização e amigo secreto (que eu nunca gostei muito, confesso).
Muitas atividades, muitos afazeres, muita gente para encontrar, muito abraço para dar (também não sou a favor de abraçar todo mundo por aí desejando feliz Natal, mas...sempre digo sintam-se abraçados).
E é verão. A estação mais linda, mais quente e mais cheia de energia de todas, a estação em que o mundo fica mais colorido, as ruas ficam cheias de gente, as roupas são lindas e leves, e o mar... ele pode virar a nossa casa, dá vontade de aproveitar a natureza e dá vontade de se cuidar, cuidar do corpo, se bronzear. Essa também é uma ótima época para os solteiros,vamos falar a verdade.
Bom, vamos brindar dezembro e com um lindo sorriso receber o melhor de todos os meses. Vamos viver intensamente o calor, o clima de festa, de alegria, vamos sentir intensamente todos os sabores e todos os cheiros. Vamos brindar a cada oportunidade e aproveitar muito.
Um beijo e um brinde!                                                                                     

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Raciocínio matemático para a vida

Quem dera nossa vida fosse como a matemática, cada número é aquilo e pronto.
Com os nossos pensamentos e sentimentos poderia ser assim... Na hora em que chegássemos à conclusão de que aquilo não era bom para a nossa vida, seria só subtrair de nós mesmos e aí não sobraria porcentagem nenhuma para trazer de volta recordações e lembranças.
Se tudo fosse como os números, tudo seria objetivo, mais fácil e rápido de resolver.
Os problemas matemáticos têm sempre uma solução correta, então você sabe aonde quer chegar toda vez que tenta resolvê-los. Você sabe que existe certo e errado. Então, se a vida fosse assim, talvez fosse menos emocionante, mas com certeza seria mais prática. Faríamos o certo. É... talvez ela perdesse a graça... É que alguns gostam mais do óbvio, para esses seria bom, mas eu não gosto.
Conheço pessoas com o raciocínio matemático para a vida. Essas pessoas parecem nunca ter dúvida do que fazer. Elas arriscam menos porque dizem saber o que vai dar certo e o que vai dar errado “tá na cara”.
E aí, vamos pensar que você viva determinada situação que não te faça cem por cento realizado, feliz, amado ou amante, mas por n motivos (como dizem os que gostam de números) te dão segurança e te garantem um futuro feliz, típico dos finais de novela . Arriscar? Enfrentar? Não! Esse é o medo dessas pessoas e aí elas não largam a situação.
Talvez alguns chamem esse pensamento de pensamento lógico. Mas aí está a chave que eu desligaria nessas pessoas. São pessoas que acham lógica em tudo, até no que não precisa de lógica. É  então deixamos de viver um grande amor, fazer uma grande viagem, comer até passar mal, gastar dinheiro com a felicidade que o dinheiro pode comprar, telefonar para dizer que ama no meio da noite. Todas essas são coisas que marcam vidas, são inesquecíveis.
Não achar nunca a resposta talvez seja o maior incentivo de sempre buscar a felicidade.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Curada! Sim! Curada!

Parecia que o dia de dizer que eu estou curada iria demorar para chegar, mas já chegou!
Não sei explicar a emoção e todos os sentimentos que tenho dentro de mim por ter recebido a minha vida de volta.
Durante esses quatro meses e pouco eu achei que dormia bem, mas antes de ontem descobri o que é dormir bem. Sono profundo e suspiros de alívio, além das risadas fora de hora e da falta de palavras para agradecer por estar viva e curada.
Desde que descobri a doença sabia que no meio do tratamento teria que repetir o exame para saber como estava reagindo, quando soube que este dia estava chegando, há um mês, passei por tensão e medo, motivo pelo qual parei de escrever no blog, apesar de sentir no coração que tudo estava bem.
Fiz o exame e terça-feira soube o resultado. Ouvi do meu médico: “não tem nada aqui, sumiu tudo, Thaís”. Tentem se colocar no meu lugar e no da minha mãe, minha parceira de todos os momentos, ao ouvir isso. Quem me conhece sabe, eu sempre dou risada nessas horas, não foi diferente. Ri muito, pulei, gritei, abracei e só depois chorei de felicidade.
De verdade, não estou conseguindo explicar até agora como me sinto exatamente e parece até que nem caiu a ficha ainda. Mas, ufa!
Sabem o que é melhor de tudo isso? Saber que eu me encontrei no momento em que me perder era quase que o caminho certo. Eu me achei nesse mundo, eu descobri sentimentos e força em mim que eu jamais imaginei que tivesse. Eu me apeguei mais ainda ao que realmente tem valor e me desapeguei ao que não tem tanto valor assim. E a paz... hoje me sinto em paz e plenamente feliz. E hoje sei todo o valor que tenho por ser quem sou.
Ter a vida virada de cabeça para baixo, todas as suas estruturas e das pessoas que te amam abaladas, além do medo de tudo que vem pela frente e até o medo de morrer é tenso.
Só que agora eu posso gritar para o mundo inteiro que ver a vida cor de rosa é maravilhoso. Que enxergar oportunidade na ameaça funciona e que nosso pensamento tem muito poder. Meus amigos, eu sou a prova viva disso. Eu tive fé quase que 24 horas por dia, todos os dias. Eu não me arrependo e continuarei firme neste caminho. Eu continuarei levando força, alegria, luz e fé para a vida de muita gente, esse é o meu dever, tenho certeza.
Tenho certeza também que para seguir este caminho muitas pessoas me acharão tola por ver o mundo tão colorido e sempre enxergar o lado bom de tudo. Mas querem saber? Vou deixar falarem... A minha vida e a de quem aceitar a minha convivência e abrir os ouvidos e coração para todo o meu sentimento, como eu sempre abri o meu, tentarei fazer melhor.
Acho que faltava voltar a escrever, voltar a falar para vocês coisas boas, as minhas reflexões... Faltava compartilhar essa notícia tão linda e que me faz crer que cada um tem um destino traçado e que temos, sim, que tentar enxergar porque temos que passar por certas situações.
Ainda tenho mais uma etapa da caminhada pela frente, são dois meses de quimio e um de rádio, mas que eu farei ainda mais feliz. Já deu certo!
Eu agradeço muito o apoio e orações de todos e peço que continuem orando e mandando muitas energias positivas para que eu termine com muito sucesso e muito amor essa fase da minha vida.
É, eu voltei a acreditar muito mais no amor e que o amor vence qualquer coisa. Amo! Amo! Amo minha vida, minha família, meus amigos.
E se antes já era assim, que seja para sempre: “mas enquanto estou viva e cheia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz”. Cada um encontra sua felicidade de uma maneira, não existe receita, mas uma coisa é certa, queira mais saúde e escute histórias e opiniões, tire o melhor de tudo que viver e não deposite sua felicidade no outro. Cuide de você.
Um beijo enorme e cheio de felicidade e vida!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quando nos sentimos responsáveis

É engraçado como nos sentimos responsáveis por aquilo que construímos. É como se aquilo fosse nosso e como se só nos soubéssemos como conduzir.
É difícil ter que dividir o que é fruto seu. É difícil entregar na mão de outras pessoas ou do mundo. Apego neste caso é carinho e excesso de responsabilidade e ele não é tão ruim quando você está no comando, mas é péssimo quando você precisa sair do comando ou dividi-lo com alguém.
A verdade é que é assustador quando essa distância ou divisão de comando entre você e algo que você criou, com tanto amor, é obrigada a acontecer.
Aí você se depara com aquela situação de desconforto interno e de ter que aprender a conviver com o novo, parece que te arrancaram um pedaço.
Transformar a ameaça em oportunidade. É isso que os profissionais aprendem sempre, mas é difícil aplicar aos nossos sentimentos.
É hora de ser racional, analisar o que de bom determinada circunstância pode te trazer em todos os aspectos da sua vida, não só no aspecto que foi afetado. Daí perceberemos que há muito mais o que se aproveitar do que o que se lamentar. É hora de reavaliar, sim, mas deixando a razão prevalecer.
Eu não sou mãe, mas imagino o sentimento que uma mãe deve sentir ao ver seu filho, criado com tanto amor e cuidados, sair para o mudo. Deve haver aquela sensação de perda de controle e é preciso equilíbrio para lidar com isso.
Assim como nossas mães souberam nos deixar livres por aí e aprenderam na marra o desapego, nós temos que fazer desde já em diversas situações.
Toda situação pode ser encarada de duas formas, cabe a nós escolhermos o caminho.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A melhor parte de mim

Mãe é mãe, não tem jeito. Essa frase diz muita coisa para muita gente, não é?
Hoje fiquei pensando sobre o que escreveria, pensei um milhão de coisas, mas resolvi escrever sobre o que tenho de mais precioso em minha vida, mãe. Tenho certeza de que muitos irão ler este texto e lembrar de suas mães também.
No dia das mães do ano passado dei de presente para a minha mãe a música “A melhor parte de mim”, foi emocionante. Na música há um trecho que diz “E no momento certo meu lado bom vai aparecer”, apareceu, mãe!
Quem me conhece sabe que largo tudo e enfrento o mundo pela minha Gracinha.
Mãe, amiga, exemplo de força, determinação, paixão, amor, fé. O meu espelho é você, mãe.
É muito bom saber que nunca estou sozinha, que não preciso me preocupar com quem me dará força, é você sempre.
Você me entende com o olhar, você me conhece pela voz ou pela ausência de voz, pela expressão, pelos gestos. Sabe o que sinto, sabe o que penso. Sabe a palavra certa, a hora certa, a maneira de me abordar sempre.
A mulher que dedica maior parte da sua vida para criar seus filhos com tudo que há de melhor, com carinho, amor, honestidade e mais um milhão de coisas boas.
Como é bom te ter, te amar, poder olhar seu rostinho de mãe apaixonada de perto.
De tudo que sou hoje, metade é você, não que metade seja o que você me ensinou, metade é a sua presença. Essa força imensa e vontade de viver, pode acreditar, é metade você e por você. Me lembro do dia em que você me disse “Filha, assim como estamos juntas para passear, nos divertirmos, estaremos juntas em todos os momentos difíceis.”
Mãe, obrigada por sempre segurar a minha mão e as minhas broncas comigo. Tenho força para passar pelo caminho porque tenho a certeza de que agora e quando tudo isso acabar será você e eu.
Você sempre disse que no dia em que nasci o sol brilhou mais forte e eu te digo uma coisa, no dia que eu renascer o sol brilhará mais forte pela segunda vez em nossas vidas. E eu prometo iluminar muitas pessoas com a luz que me acompanha e com todos os sentimentos bons que você me ensinou que são os bens mais preciosos do mundo.
AMO VOCÊ!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A minha, a sua, a nossa fé

"Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Pelo sim, pelo não...
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá"


Para começar a falar sobre a fé, uso um trecho da música de Gilberto Gil, Andar com fé.
Não quero que pensem que aqui no meu blog começarei a falar de religião ou coisa parecida, acontece que neste blog falo sobre minhas reflexões e ultimamente tenho refletido muito sobre a fé e tirado minhas próprias conclusões. Vamos compartilhar, então...
Tem gente que diz não ter fé. No dicionário fé também significa crença e confiança. Será que quem diz não ter fé, não tem nem um pouquinho de crença ou confiança em alguma força maior do que a que podemos enxergar? As pessoas que conheço e que dizem não acreditar muito em nada disso, no fundo acreditam e confiam em alguma força maior, sim.
Cada um tem a sua fé e para isso não existe certo e errado. A minha fé é em Deus. Eu acredito e confio Nele, sei que toda a força deste momento de minha vida é divina e que posso ser um instrumento de Deus para levar luz, fé e esperança para a vida de muitas pessoas. Farei!
Quando a gente se sente perdido, é pego de surpresa, não entende porque determinada situação está acontecendo conosco e muito menos se teremos forças ou conseguiremos sair dela, é preciso acreditar que há uma força maior que preparou tudo isso para nossas vidas e que tudo isso tem motivo. É preciso abrir o coração para a fé.
Muitos dizem que somente quando as coisas não estão bem é que nos lembramos de ter fé e eu tenho certeza que na maioria dos casos é assim. Mas se você abre o coração sem medo para este sentimento tão lindo, ele te domina, te torna melhor e te ajuda a entender o verdadeiro motivo das coisas. Para isso é preciso se desarmar, é preciso não ter vegonha, é preciso ter força, já que ser fiel a força que você acredita requer dedicação e abdicação de alguns minutos a mais de sono para conversar com esse “ser” que você nem sequer viu ao vivo um dia na sua vida, e isso traz desconfiaça e questionamentos.
Não sei te dizer o que existe e em que devemos acreditar, acho que ninguém sabe, as pessoas simplesmente acreditam por serem influenciadas pelo meio em que viveram sempre e por conhecerem histórias que provam tal exitência.
Aplicando isso tudo à minha crença, Deus nos manda sinais de que Ele existe a todo instante, basta olhar ao seu redor, basta prestar atenção em quem cruza seu caminho e nas palavras que escuta. Para isso, é preciso estar atento sempre e, geralmente, só ficamos atentos quando precisamos.
Minha mãe sempre disse a frase “quem não aprende pelo amor, aprende pela dor” e é essa frase que quero que todos vocês, que leêm o meu blog, pensem sempre. Seria bom o olhar mais atento, o coração mais puro e aberto. Tentem, por um dia, tirar o escudo que vocês podem ter criado durante a vida, por motivos que um dia os decepcionaram ou por não verem o que todos dizem crer, e tentem ver a vida pelo olhar de quem acredita, tendo a conciência de que você acredita, seja lá no que for.
Fazer o bem. Ser do bem. Abrir a boca para falar somente o que for bom. Ajudar os outros. Ter mais paciência. Tratar todos da mesma forma. Demonstrar carinho. Tudo isso é mais fácil quando você acredita que para tudo há um propósito maior.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

É preciso ter calma e alma


Ontem ouvi essa música e ela traduz examente como me sentia, como me sinto hoje e o que vivo. É perfeita.
Muitas músicas a gente ouve e muitos texto a gente lê e encontra fragmentos em que nos identificamos, mas essa resume muitos anos da minha vida e duas frases dela refletem exatamente o momento que estou vivendo.
“O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós um pouco mais de paciência.” Assim me senti diante de inumeras, inumeras mesmo, situações da vida. Acreditando que o tempo é o senhor dos milagres e pedindo aos céus paciência para esperar que as pessoas acreditassem, que as pessoas mudassem, que tudo fosse mais bonito, que o amor reinasse, que a bondade brotasse, que eu fosse melhor. Sem tomar atitudes que pudessem alcançar muitas pessoas e nem me alcançar.
O tempo foi passando, a doçura foi se perdendo pelo caminho e ficou pela metade. Ver as coisas “feias” do mundo, me desiludiu, fez aquela menina que tem um coração tatuado no corpo, justamente porque acredita no amor, pensar que o mundo era cruel e que o lado ruim das pessoas sempre prevalecia.
“Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso faço hora e vou na valsa, a vida é tão rara. Enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência.” Tudo  começou a ser, apenas, tolerável. Cadê aquele amor enorme por tudo? Cadê aquela fé nas pessoas? Tudo isso sumiu!
A rotina se tornou acelerada e por muito tempo eu acompanhei, até que não deu mais e eu fingi ter paciência e me recusei a continuar naquele ritmo. Mas não tive coragem de dizer não, eu continuei fingindo que aquilo tudo, que eu já via que estava do avesso, era normal e eu passei a fazer parte do lado do mundo em que as pessoas não acreditam e não confiam.
“Será que é tempo que lhe falta para perceber? Será que temos esse tempo pra perder?  E quem quer saber? A vida é tão rara.” Minha justificativa para não mudar o meu comportamento diante da minha própria vida, das pessoas e de tudo que me cercava era o tempo, ele me faltava. Minha justificativa para ficar ainda mais pirada era a falta de tempo. Eu não podia parar. Eu me proibia de parar e respirar sem culpa. Eu não percebia que a vida é tão rara.
Eu estava enlouquecendo. Descobri a doença e a vida me fez parar. Pausa forçada. Muito bem-vinda.
“Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para.” Tudo me pediu calma, o corpo me pediu alma. Isso eu tinha que ter tido sempre, mas não conseguia. Hoje eu tenho. Aprendi a ter calma e aprendi a voltar a ser muito mais alma, muito mais coração, muito mais sentimento e a ter os pés no chão, afinal, a vida não para, hoje eu tenho o meu tempo, mas o tempo corre. Tenho mais alguns meses de luta pela frente, parece muito, parece tempo perdido, aos olhos dos outros, mas não é, é o tempo de cuidar de mim, de me olhar no espelho e de apreciar a minha própria cia.
Amigos, hoje eu me desespero quando vejo alguém levando a vida descontroladamente, sem pausas, sem se deixar respirar em paz e sem culpa. É preciso parar por vontade própria, antes que a vida te obrigue a fazer isso. É preciso viver os momentos com dedicação total e absoluta, sem pensar no que você está deixando para trás naquele momento.
É preciso saber a hora de acelerar e de pisar no freio, se você não pisar no freio na hora certa, pode causar um acidente no seu próprio coração ou no seu corpo.
Cuidem-se! Respirem fundo! Parem para um bom café, com uma boa cia! Vá ver o mar em um dia qualquer! Cante! Dance! Não tenha medo de parecer rídiculo, mais vale um ridículo feliz do que um super controlado com um turbilhão de coisas ruins dentro do peito! E ame. Ame muito. Com força e acreditando no amor. Se entregue sem medo. Dor todo mundo sente, mas passa.
Um grande beijo e aproveitem muito todos os seus dias

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Espelho, espelho meu...

Ontem me vi no espelho de um jeito que nunca tinha me visto antes: careca!



Para minha surpresa, me achei linda. Inacreditável. Ainda mais para mim que sempre fui tão vaidosa e cuidava bem dos meus cabelos.


Pois, acreditem, é muito bom se ver no espelho sem nenhuma moldura, somente o seu rosto, aquele que as mulheres geralmente “escondem” com cabelo e franja.


Quando soube que estava doente, a primeira coisa que pensei foi “vou ficar careca, e agora?”. A aceitação deste fato foi difícil e todos os dias desde então eu pensava nisso.


Quando meu cabelo começou a cair, eu fiquei muito triste e passei uma semana péssima. Coincidência ou não, depois dessa semana tive um febrão e fui parar no hospital, fiquei internada seis dias. Esse é um dos motivos que tenho para acreditar que a cabeça realmente tem poder sobre o nosso corpo.


Quando saí do hospital, prometi para mim mesma que não iria mais ficar triste por conta do cabelo. Afinal, eu já tinha uma peruca maravilhosa e lenços lindos. Foi isso que fiz. Passei a conviver bem com a queda do meu cabelo e ficaria com os meus tão queridos fios até que eu ficasse ridícula.


Fiquei ridícula ontem (é engraçado dizer que eu fiquei ridícula, mas, acredite)! Eu e minha mãe conversamos e decidi raspar tudo, enfrentar de frente essa situação que afligia desde sempre.


Foi assim, liguei para um amigo, que mora no meu prédio, e pedi a máquina emprestada, ele me trouxe, eu cortei o cabelo primeiro, depois minha mãe começou a raspar minha cabeça, o choro estava trancado em minha garganta e não saia, mas eu queria chorar, eu precisava chorar, fazia parte daquele momento, quando vi meu reflexo careca refletido no vidro, chorei, depois me olhei careca no espelho e eu e minha mãe choramos juntas, afinal, uma mulher careca não é tão normal assim. Adorei, me achei bonita, mais bonita do que imaginava.


Coloquei um lenço e comecei minhas ligações, contei para todo mundo que estava careca. A preocupação de todos era se eu agüentaria me ver careca, então, eu tinha que contar para as pessoas que não só agüentei, como gostei.


Bom, acabei de passar minha primeira noite careca e dormi de toca, porque a cabeça fica gelada, agora coloquei um novo lenço e estou de pijama escrevendo minha mais nova experiência para vocês.


Para terminar, um resumo de como via e como vejo hoje essas pessoas, assim como eu, carecas. Quando via na rua alguém careca, eu morria de dó e virava o rosto. Quando soube que ficaria careca, fiquei um pouco desesperada, cortei o cabelo mais curto e passei a usar rabo de cavalo, para me acostumar com o rosto limpo. Passei a conviver com pessoas carecas que conheço sempre que vou me medicar e passei a achar a careca normal e bonita, parte de um processo de luta e cura.


Para encerrar, o meu muito obrigada para Sandra, que foi um anjo, enviado por uma pessoa muito querida, Kátia, e que foi a primeira pessoa a tocar no assunto da “careca” e me disse que mesmo quando ficou careca continuou linda, eu acredito. E muito obrigada para a minha mais nova e amada amiga Renata, linda, careca, como eu, e que em muitos dias é uma luz e um raio de alegria e conforto em minha vida.


Obrigada mãe, irmão, amor, madrinha, que me deu um presente lindo para estrear junto com a careca, primas, tia Sol, tia Ia, Vó, que me disse que é dos carecas que todos gostam mais, Isabella, que me disse que eu ficava mais bonita de peruca pois sem peruca apareciam algumas carecas (falhas do cabelo), amigas e amigos maravilhosos, um amigo, que me mandou uma foto de sua própria careca com a mensagem “vamos comparar?” e ao André, que me deu o título deste texto de presente. Amo todos vocês.

            Meu amor e eu: lindos!               Ce e eu: artistas!            

          Isa e eu: iguais          Eu e Nana: café e leite!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Comecei a transmitir minha mensagem


Quando soube que estava doente, não me revoltei, pelo contrário, aceitei muito bem a doença e decidi lutar com toda a minha força para combatê-la, é o que venho fazendo.

Com o passar do tempo fui sentindo no coração que tinha que passar bem por todo este período, como também venho fazendo, e contar a minha história para muita gente.

Como? Aos poucos as idéias foram clareando em minha cabeça. Já que gosto de escrever e amo falar, esse é o caminho.

Surgiu a idéia de um livro, onde eu contaria toda a minha história, mas isso demora um tempo, foi aí que criei um blog, para passar para as outras pessoas as minhas reflexões. Meu projeto futuro era dar palestras que motivassem as pessoas que tem câncer e que fizessem quem não tem câncer refletir sobre a vida.

Por sorte e destino conheci uma psicóloga do instituto em que me trato, Vera, conversamos e ela me convidou para falar para outros paciente.Lá existe um encontro de pacientes que acontece uma vez por semana e uma vez no mês um paciente pode contar uma história. Eu, como comunicóloga, que trabalha com marketing e acredita nas pessoas, não contei simplesmente a minha história, que ainda não terminou, mas fiz uma apresentação.

Consegui ,por meio dessa apresentação, transmitir minhas mensagens. Me senti feliz e emocionei muitas pessoas. Na verdade, me senti realizada naquele momento e estou sob o efeito daquelas duas horas até hoje. Tive certeza de que essa é a minha mais nova causa, que irei abraçá-la com todas as forças e contribuir para melhorar a vida de muitas pessoas.

Daqui para frente decidi que irei estudar sobre câncer e Física Quântica, que explica como a presença humana interfere em todas as forças do universo. Vou me aperfeiçoar e seguir em frente com este trabalho. Por mim, porque contar essa história é minha missão.

“Você pode moldar sua vida da maneira que quiser”. Resumindo, essa foi a mensagem da minha palestra, a primeira de muitas.

Agradeço ao meu público, naquele momento, minha família, que compareceu em peso, amigos e namorado, Vera, por ter acreditado e me convidado e toda a equipe do IPC que esteve presente.

Muitos beijos e obrigada por me ajudarem a sair do casulo e descobrir uma nova vocação. Logo estarei voando por aí.





terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bem-vindo ao mundo

“Tô louca pra te ver chegar

Tô louca pra te ter nas mãos”


Nasceu ontem o meu priminho João Victor. Lindo. Grande. Saudável. Moreninho, e não branquelinho como o esperado. E amado, muito amado por todos.


Um dia antes do nascimento eu tinha visto a minha prima com a barriga enorme e ele se mexendo dentro da barriga. E hoje lá está o bebê enorme e lindo.


Percebi a magia da vida. Pela primeira vez pensei no nascimento como uma coisa fantástica.


João Victor,


Seja bem-vindo ao mundo real. Aqui não é tão confortável quanto a barriga da mamãe, mas tem coisas lindas de se ver, tem coisas lindas de viver, coisas interessantes para aprender, muitas coisas curiosas para descobrir e você já descobriu, desde que era uma sementinha, o sentimento mais lindo, nobre e que rege todo o universo: o amor.


Aqui tem gente de todo tipo e tem gente que não gosta muito daqui, colocam defeito em tudo, mas nem liga, tá? Veja sempre o que de bom a vida tem pra te oferecer.


Saiba que você chega em boa hora. Saiba que você para mim é a personificação da esperança e da fortaleza, desde pequenininho, ainda na barriga, agüentou emoções fortes. O seu nascimento e o meu renascimento caminham e caminharão para sempre lado a lado.


Venha. Não poderei te abraçar nos primeiros dias, mas o meu coração e o seu coraçãozinho pequeninho, andarão juntinhos pra sempre.


E viva a vida, minha gente!!!!! Viva o amor!!!!!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Seja criança

A maioria dos adultos são amargos, insensíveis, não vêem magia onde poderia ver, esquecem de fantasiar a realidade para que ela fique ainda mais linda e principalmente deixam de enxergar ótimas oportunidades em lugares onde só as crianças conseguem enxergar.



Sim, a vida deixa marcas na gente e é natural que quanto mais velhos, mais experientes e menos ingênuos. Mas temos que tomar cuidado para não perder a magia que quando éramos crianças enxergávamos em tudo.


Acho que um ótimo exercício, e que procuro fazer sempre, é pensar que a nossa vida é um filme. Isso mesmo, muitas vezes acho que sou um tanto maluca por isso, mas imagino que a minha história vai virar um grande filme. É assim que arrumo força para passar, por exemplo, pelo que estou passando. Sei que depois tenho que contar minha história.


Quando estou no trânsito, é divertido, eu canto, danço, passo batom, me admiro, vejo o vento bater em meus cabelos e imagino que tem uma câmera filmado a minha felicidade. Sabe de uma coisa? Assim todos os meus momentos ficam mais divertidos.


Em um certo momento, parei de fazer isso e comecei a levar a vida como uma adulta cheia de obrigações e com sonhos de gente grande, passei a ter os pés totalmente presos ao chão. Resultado, depois de meses vivendo assim eu adoeci. Não sei explicar exatamente a relação entre essas coisas, mas sei que muito tem a ver.


Nunca mais! Hoje, me recupero e um dos remédios mais importantes para isso é a alegria. Eu passo todos os dias inteiros na minha casa e quase todo o tempo sozinha com a minha mãe. Voltei a sorrir, voltei a cantar, voltei dar shows com meus microfones imaginários, inventei até a nova dança da Celeste. Cada filme que assisto, procuro um significado maior e acho graça até nos cabelos que caem da minha cabeça, é eu faço bolinhas com eles para o meu irmão brincar, e claro que ele fala que sou louca.


Bom... Deixar para sempre viva a criança que existe em nós é a maneira de levar a vida mais feliz e mais saudável. Se a gente se esquecer de como é ser assim, feliz, é só passar alguns minutos com uma criança, dá pra lembrar rapidinho.


Um grande beijo para minha mãe, uma criança, e para a criança de verdade Isabella, que ilumina e alegra os meus dias. Amo vocês.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O que rege a vida

Escolha um caminho a seguir. Como uma empresa define missão, visão e valores, nós devemos fazer com nossas vidas.



Se você sabe o que rege a sua vida, o que te norteia, todos os problemas se tornam mais fáceis de resolver. Essa é a maneira de enxergar a vida como um todo e não como se cada situação fosse um capítulo isolado de toda a história.


Quando encaramos as situações como capítulos isolados, elas se tornam mais intensas, mais difíceis de resolver, porque tomam uma proporção gigantesca. Enxergando somente os capítulos, passamos a não perceber o sentido das coisas em nossa história.


Quando um propósito te rege, você sabe exatamente o que manter e o que tirar de seu caminho, você sabe o que priorizar, e sem titubear, pois existe um sentido maior.


Tudo isso é porque tenho percebido que nós mandamos em nós mesmos e controlar nossos sentimentos e emoções é mais fácil do que imaginamos, além de estar somente ao nosso alcance, e nossa força e capacidade de transformar capítulos em história depende do quanto realmente queremos alguma coisa.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Gratidão

Nesses tempos em que estou doente tenho recebido muito carinho e muito amor de muitas pessoas.



Um dia desses recebi de uma senhora, amiga da minha tia, uma meia de lã. Essa senhora nunca foi minha amiga e me viu poucas vezes e teve esse ato lindo de fazer uma meia de lã para mim porque os dias estavam frios.


Eu fiquei feliz e surpresa. Para agradecer escrevi uma carta. No dia seguinte, essa senhora me ligou, disse que chorou ao receber a carta e me agradeceu muito por eu ter agradecido o presente que ela me deu. Bom, o mínimo que eu poderia fazer era agradecer, certo?


Diante de tanto carinho, manifestado de tantas formas, percebi que as pessoas devem estar se esquecendo de agradecer, de reconhecer o que de bom alguém faz por nós.


Quem me diz isso sempre é minha madrinha “agradecimento e gentileza hoje em dia são coisas raras”. E não é que são?


Muitas vezes as pessoas precisam mais de nós do que nós imaginamos e muitas vezes o reconhecimento pelo que elas fazem tem uma importância que nem imaginamos.


Somos humanos e todos nós, sem exceção, quando fazemos algo, esperamos nem que seja um muito obrigado em troca.


Então, vamos sempre nos lembrar que, além demonstrar educação, nossa gratidão pode mudar o dia de alguém. Por que não agradecer?

sábado, 21 de agosto de 2010

Não seja assim, Gabriela




Algumas pessoas têm como lema de vida aquela música:


“Eu nasci assim, eu cresci assim


Eu sou mesmo assim


Vou ser sempre assim


Gabriela, sempre Gabriela”


Mas que mania e orgulho em dizer que são e serão sempre assim. Sim, as pessoas têm que ter personalidade e valores, mas isso não quer dizer que elas devem ser imutáveis.


Se o sentido da vida não é aprender e evoluir, então o que fazemos aqui?


A vida nos dá lições e inúmeros sinais, cabe a nós ficarmos atentos e trazer para nossa realidade o que passa por nossos olhos.


Observar a vida alheia, aprender com o que a sua vida te mostra, ouvir os mais experientes e superar os seus traumas antigos, podem ser formas de não ser Gabriela.


Permita-se mudar de idéia, voltar atrás, fazer besteiras, pedir desculpas, se enganar, se arrepender, tudo isso é aprender.


Meus queridos, ter orgulho de ser Gabriela não mostra fortaleza, mostra fragilidade camuflada. Cuidado!






quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pessoas

Sempre acreditei nas pessoas e muitas vezes me achei tola por isso.
Quantas vezes me deparei com situações em que pensei que ninguém “presta” neste mundo.
Hoje sei que isso não é verdade. As pessoas tem coração, desejos, anseios, paixões, medo e quase todas são um tantinho oportunistas, faz parte da natureza humana.
Adoecer me fez perceber o quanto acreditar nas pessoas, depositar amor em cada simples “bom dia” e respeitar a experiência alheia é importante.
Quando você dá carinho, amor energias positivas, recebe-se em troca. É reflexo!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Saudade

Tem saudade que dá vontade de falar, tem saudade que dá vontade de calar, tem saudade que dá vontade de não sentir nunca, tem saudade gostosa, tem saudade que dá vontade de correr pra encontrar aquela pessoa, tem saudade que você sabe que não vai poder matar nunca mais.



Dá saudade do que passou, dá saudade de abraço, de cheiro, de risadas, de histórias, de músicas, de conversas, de presença, de telefonemas...


É difícil encarar a saudade quando ela bate forte no coração. Tem que saber abafá-la e pensar no novos momentos, que um dia também deixarão saudade, e se dedicar a eles.


Eu sinto saudade de tanta coisa... de tanta gente... você, que está lendo, pode ser uma dessas pessoas e se for, saberá que é.


A saudade que dói é aquela que você tem certeza ou quase certeza que não viverá de novo, mas que pra sempre quando lembrar dará um belo sorriso. Saudade de sequilho, de patê de azeitona, de almofada na cara, de cambalhota, de ouvir aquele “filha” dito com tanta alegria, do cazuza, da bala chiclete, do mingau de chocolate, de ouvir músicas do Fabio Júnior com você, de música sertaneja, de você sempre com seu copinho de vodka na mão, de você na minha casa comendo toda a comida do meu irmão, de almoçar no seu colo e pegar sua pintinha pra mim, das compras descontroladas na hora do almoço...


Hoje eu senti saudade do que a distância, o tempo e o destino separaram de mim.


Sentir saudade é bom, se alimentar dela é ruim.


Um grande beijo para todos que, como eu, sentem saudade.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cativar

"- Que quer dizer cativar?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laços...

- Criar laços?

- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo.
(...)

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. (...) Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”


Trecho do livro O pequeno príncipe

 
Não me diga que não sabe cativar. Todos nós sabemos cativar, caso contrário seriamos sozinhos.

Acredito que não há uma receita certa para cativar alguém. Cada um tem um jeito e, por isso, cada um cativa e é cativado de uma forma diferente.


Cativa-se logo de cara ou cativa-se aos poucos.

Cativa-se com um sorriso, com um bom dia, com uma palavra, com um abraço, com uma piada, com frase que despertem admiração, com lembranças, com carinhos.

Hoje, fui cativada por uma velha amiga. Ela me trouxe alguns presentinhos que mostraram que ela tem sempre o pensamento em mim, que se importa comigo e deseja me surpreender e me fazer feliz. Ela me cativou ainda mais, apesar de já ter me cativado há muito tempo, quando nos tornamos amigas.

Conversando com um amigo disse que hoje escreveria sobre cativar e ele me perguntou o que era cativar, minha resposta foi: é mais ou menos como quando falamos para vocês, homens, darem um chocolate para uma mulher importante na sua vida quando ela está de TPM.


Cativar deve ser constante, afinal nada é eterno. Então, elogiar as pessoas quando elas merecerem, oferecer ajuda sempre que preciso, oferecer amizade, dar atenção. Isso é cativar, é tornar-se especial, tornar-se diferente.


Penso que para ser diferente, é preciso surpreender sempre, caso contrário, tudo vira costume e pode adormecer. Toda relação deve ser cultivada, como uma flor, regada sempre para não morrer.


Se sempre pensássemos em cativar, nos pouparíamos de relações desgastadas, aborrecimentos e evitaríamos alguns momentos de tristeza.


Que tal pensar um pouco sobre o assunto?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Minha receita


Passar por um câncer não é tão difícil como parece, mas nem sempre é tão fácil. O processo é longo, cansativo, te esgota fisicamente, mas o mais complicado é lidar com os sentimentos que vem no pacotinho da doença.

Recebi uma carta que dizia: todos os dias feche a porta para o desespero. E é assim que deve ser, mas para isso é preciso ter segurança, fé e confiança em si mesmo.

Para fugir dos momentos indesejáveis escrevi um texto que me lembra de um montão de coisas todos os dias. Vou compartilhar essa receita com vocês. Espero que gostem:

Ninguém carrega um fardo maior do que pode carregar.

O motivo pelo qual você tenha sido o escolhido para passar por certa situação tão difícil talvez seja porque você é especial a ponto de passar bem e dar uma linda lição de vida para os outros.

Acreditar é a palavra certa e saída para toda situação.

Amor é o sentimento que rege o universo, é ele que move os corações e fortalece almas.

Chorar é inevitável e necessário algumas vezes. Permanecer na tristeza é sempre proibido.

Ninguém vive sozinho. Por isso, sempre respeite e valorize as pessoas.

Sorria. O sorriso é um santo remédio. Bem ou não, esteja sempre com um sorriso no rosto. Ele conforta e alegra as outras pessoas e faz bem para você.

Pense sempre no futuro. Faça planos. E sonhe todos os dias com o amanhã. Isso te dará forças para seguir em frente.

Dor passa. Mas coloque na cabeça que o que passou, passou. Não remoa o passado.

Certas circunstancias são difíceis, certas rotinas entediantes, mas cabe a você se adaptar e fazer de todos os seus dias felizes e produtivos.

Ahhhh... A paciência. Essa sim é uma virtude que muitas vezes se aprende na marra. É muito necessária.

Ame a vida e dê valor a sua saúde, ela é o bem mais precioso que se pode ter.

domingo, 15 de agosto de 2010

Perfeição






Tudo é perfeito. Sem querer ser a boa samaritana, mas olhe a sua volta e veja o mundo lindo que temos, a sapiência da natureza, a complexidade e perfeição da máquina que é o corpo humano. É como se tudo estivesse em seu devido lugar por um motivo certo.



Acredito que a maior parte do que existe com a exatidão que nos é tecnicamente invisível só é invisível porque nos acostumamos com a tal perfeição. Mas e quando ela, por algum motivo até então desconhecido, deixa de existir? É como se uma peça saísse do lugar e desregulasse toda uma vida, uma família, um grupo de pessoas. É aí que enxergamos a perfeição que existe em todas as coisas. É aí que valorizamos as quedas, as dores, as cicatrizes e passamos a encará-las como marcas da vida e a perfeição que chegou por meio da peça fora do lugar.


Aceitação é a palavra chave para encontrar a perfeição em todas as situações (aceitação e conformismo são distintos). Aceitar as condições que lhe chegam como um presente e encarar como um novo desafio: chave para a vitória e para um tudo ainda mais perfeito.


Vamos observar os reflexos da vida!

sábado, 14 de agosto de 2010

O reflexo...


Sou Thaís, tenho 23 anos, publicitária, tenho uma família linda, amigos queridos, um namorado que amo muito, um trabalho maravilhoso.


Tenho tudo para ser feliz e do início do ano até maio raramente me sentia assim.


No dia 10 de junho, descobri que estou com câncer no sistema linfático e, por incrível que pareça, desde então me sinto feliz e em paz.


Tenho certeza de que essa fase me traz o amadurecimento que sempre desejei, um coração ainda melhor e maior e a vontade de fazer o bem e ajudar o próximo. Como? De diversas maneiras e uma delas é o blog.


Fui buscar no dicionário o significado da palavra reflexo, título da minha página, e encontrei: algo que se volta para si mesmo, reflexivo. É com esse sentido que criei este blog, para mostrar o que tenho pensado e incentivá-los a fazer o mesmo. Tudo que vivo se volta para mim e tudo que você vive se volta para você, tudo isso reflete em nós, então temos que aprender a prestar atenção no que vivemos e no que os outros vivem. Assim, teremos atitudes mais sábias e sensatas e construiremos ambientes melhores.


Cada situação reflete um momento, um sentimento, um estado de espírito e merece uma reflexão. Se a reflexão não houver, pode ter certeza, você nunca saberá exatamente o que aquele momento quis dizer e o que realmente significou na sua vida.


Como irei encarar este blog? Assistindo ao filme Julie e Julia, descobri uma frase que responde muito bem essa pergunta: “É como estar no A.A. Nos dá uma coisa que temos que fazer todos os dias. Um dia de cada vez.”


O que quero passar para vocês? Alegria, vontade de viver e reflexões.


Espero que gostem e que eu possa ajudar, todos os dias, a melhorar o dia de vocês.


Um grande beijo e um abraço cheios de amor